sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Um bar na tijuca

Sexta-feira é dia de sair com o povo do trabalho. Aqui, na Alemanha, na China. Saímos do trabalho às 11 da noite e vamos para um bar na Tijuca. Bom, chamar aquilo de bar é metonímia, metáfora, redudância e tudo mais que couber na língua pátria. Tijuca para quem não conhece é o Sumaré em São Paulo ou o Queens em Nova York. Onde nascem os preconceitos do carioca.

O bar mesmo deve ter uns três por três metros. Uma cozinha que nunca vimos. E o resto, onde a gente senta é a calçada. Em volta, você que é de São Paulo, deve estar pensando: o mar de copa. Qual nada! É um rio...e aí você, tipo o Senna. Nada...é um ex-rio, tipo o maracanã mesmo, irmão gêmeo, no qual desce todo o esgoto do salgueiro. Perceberam a situação.

Mas é ótimo. Primeiro, rimos muito da vida dos outros. Ou você já viu pessoas de trabalho saírem para falar de coisas sérias. Só se fala ou de trabalho ou da vida sexual dos colegas de trabalho, das roupas e dos comportamentos. Pra você que nunca pensou nisso: na realidade você se casa é com seus colegas de trabalho.

Segundo, o bar (nunca descobri o nome) tem suas enormes vantagens. A conta é sempre por volta de 15 reais, por mais que meu chefe beba ( e como ele bebe), tem uma pizza melhor que a famosa pizzaria Guanabara. E o garçom (Aureliano) se não existisse tinha de fabricar um igual.
Tudo que um bom garçon deveria ser. Para quem já foi no Bar Lagoa sabe do que estou falando.

Terceiro. a caipirinha é feita com cachaça original. Os bares da Lagoa servem álcool hidratado de posto de gasolina. Agora tá todo mundo sabendo de onde veio aquela ressaca do dia seguinte.

Um comentário:

Bruno de Faria - Dermatologista disse...

Paulo: você é um grande escritor.