sábado, 6 de outubro de 2007

sobre algumas mulheres


Dia 11 de outubro temos um grande feriadão e estarei de volta a Buenos Aires. Gosto muito dos hermanos. Em especial, - como disse sua futura presidente num arroubo de preconceito quase facista" somos diferentes do resto (isso mesmo) da America Latina, pois nos fomos colonizados por europeus, com sangue italiano e inglês" sic! - porque eles conseguem comprovar a teoria do inconsciente coletivo. Nada é mais humilhante para um povo se achar superior e não o ser.

Mas eu me hospedo com uma grande amiga, ex-tudo, que acabou de vir a São Paulo receber um prêmio de melhor vinicultura do ano. E a sua, justo a sua, que foi ganha por herança. Ela não sabia nem que uva dava em...trepadeiras...mas ela foi e foi e transformou o vinhedo no melhor da Argentina, da américa e um dos melhores vinhos do mundo. São as mulheres, passionais...quando fazem bem feito, derrubam qualquer um de nós. Ficamos juntos um tempo e a passionalidade dela chega ao extremo. Na nossa última despedida em que ela foi assumir a herança ela se jogou de joelho no chão do aeroporto. Caraca, fiquei rubro, azul, amarelo...que vergonha.! Não sabia o que fazer e dizer. A única coisa que veio a minha cabeça " suas uvas são mais importantes que a gente". Ela me fulminou com um olhar, atravessou minha mente com vários raios, levantou, não disse mais uma palavra, não mais se virou e ficou dois anos sem falar comigo.

Mas as uvas são mesmo. As mulheres são superiores, presidenta. Estou chegando...

Tenho uma colega de trabalho qué é a mais pura paixão. Volutariosa, agressiva quando precisa, mandona e inteligente demais. Minha admiração por ela ultrapassa as fronteiras, como nos vinhedos da Argentina ou nas ruas de Nova York onde Maria veio, viu e venceu como uma das melhores bailarinas do NYCBallet. Temos de ter mais mães assim. bjs Bia.