segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sobre o Rosa

Rosa é uma cor difícil. Já é uma gradação do vermelho que também é uma cor difícil. Como utilizar, como aplicar bem sem se tornar vulgar. Por que esta ligação com a vulgaridade? Se formos olhar pelo comportamento é porque nos chama mais a atenção, consequentemente, e simplificando, uma cor chamativa.

Pois bem, um dia da minha semana eu passo em Madureira. Uma terra diferente do Rio de Janeiro. É uma cidade de interior onde costumes, valores e tradições nada tem a ver com a zona Sul Carioca. Nesta terra as mulheres gostam de rosa. As saias têm 3 cm e são todas rosas; o bustiê com peitos saltando fora, rosa, corpete, rosa, bolsa, sandália, meia, caderno (foto do Rodrigo Santoro) e agenda rosa. Ou seja, o guarda-roupa é rosa. Um dia uma aluna entrou assim em sala. Às sete da manhã. Tudo combinava com tudo, que combinava com rosa. Não conseguia me concentrar e as perguntas, aquelas de brate-pronto que o professor faz, eram sempre pra ela.

"Professor, o senhor tá de birra comigo". Eu não, bonitinha (leia o primeiro artigo deste blog) tou de birra com o rosa.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Um bar na tijuca

Sexta-feira é dia de sair com o povo do trabalho. Aqui, na Alemanha, na China. Saímos do trabalho às 11 da noite e vamos para um bar na Tijuca. Bom, chamar aquilo de bar é metonímia, metáfora, redudância e tudo mais que couber na língua pátria. Tijuca para quem não conhece é o Sumaré em São Paulo ou o Queens em Nova York. Onde nascem os preconceitos do carioca.

O bar mesmo deve ter uns três por três metros. Uma cozinha que nunca vimos. E o resto, onde a gente senta é a calçada. Em volta, você que é de São Paulo, deve estar pensando: o mar de copa. Qual nada! É um rio...e aí você, tipo o Senna. Nada...é um ex-rio, tipo o maracanã mesmo, irmão gêmeo, no qual desce todo o esgoto do salgueiro. Perceberam a situação.

Mas é ótimo. Primeiro, rimos muito da vida dos outros. Ou você já viu pessoas de trabalho saírem para falar de coisas sérias. Só se fala ou de trabalho ou da vida sexual dos colegas de trabalho, das roupas e dos comportamentos. Pra você que nunca pensou nisso: na realidade você se casa é com seus colegas de trabalho.

Segundo, o bar (nunca descobri o nome) tem suas enormes vantagens. A conta é sempre por volta de 15 reais, por mais que meu chefe beba ( e como ele bebe), tem uma pizza melhor que a famosa pizzaria Guanabara. E o garçom (Aureliano) se não existisse tinha de fabricar um igual.
Tudo que um bom garçon deveria ser. Para quem já foi no Bar Lagoa sabe do que estou falando.

Terceiro. a caipirinha é feita com cachaça original. Os bares da Lagoa servem álcool hidratado de posto de gasolina. Agora tá todo mundo sabendo de onde veio aquela ressaca do dia seguinte.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O chinês dorminhoco e os federais

Congresso do povo na china. Sem povo é lógico. Apenas dois mil abastados chineses que ganham bem, mas ganham muito bem. No meio deles um chinezinho com no máximo um metro e meio. 94 anos. Desde os 14 faz parte do partido. 80 anos no poder (que os nossos não enxerguem). Se essa moda pega...

Durante o discurso do Hu Jintao, ele dormia, dormia e dormia. Até que alguém se tocou e foi ver se ele estava dormindo mesmo. Qual nada. Passou dessa pra melhoir em pleno discurso e congresso. Deus tirou ele de favoritos. Se essa moda pega por aqui. Que beleza, heim!

Nem só de critica vive este blog. Não sou lulista, (onde tem governo, sou contra) mas a Polícia Federal está dando um banho. De mídia e de ações. A pior coisa desse país, além da violência gratuita é a corrupção e a sensação de impotência diante de alguns fatos. Eles estão lavando a nossa alma. Prestem atenção nos nomes das operações: Operação Zebra, Farol da colina, Xeque-Mate, Furacão e Persona.Tem marketeiro na PF.

domingo, 14 de outubro de 2007

A Mendiga homofóbica

Hoje, cheguei de viagem e estava andando por Ipanema quando uma mendiga gritava feito uma possessa. Não porque estava com fome ou porque ninguém dava um tostão pra ela, mas porque, segundo a mesma, para onde ela olhava só via sapatão e viado. Fora sua bicha, gritava ela em pleno pulmões e todos se afastavam com medo do mico. Ou pior: ser reconhecido.


Olhei para os postes e ainda estavam os banners da parada gay. " Homofobia. Criminalização Já". Queria saber quem foi o idiota que bolou isso. Pensa bem. Toda a sociedade direto pra Catanduva, já que somos todos homofóbicos. Mais uma classificação de crime inútil, para uma sociedade que moralmente é completamente o oposto e éticamente esta se lixando. Ao se propor criminalizar alguma coisa é preciso pensar antes em mudar a educação que nos é imposta desde criança: filhinho, o certo é menino com menina...o resto é errado. Então vamos criminalizar a educação e colocar as mães na cadeia. Mãe que os gays tanto abominam.


O maior teórico e pensador do comportamento humano escreveu: "Não compete a psicanálise solucionar o problema do homossexualismo. Ela deve contentar-se em revelar os mecanismo psíquicos que determinaram a escolha do objeto e remontar os caminhos que levam deles até às dispoisções instintuais." (Freud, S.1920).Para ele já era um problema. Apesar de seus estudos sempre refoçar a tese do bissexualismo na humanidade e na posterior escolha do objeto e supressão do outro. Para a sociedade continua sendo um problema que não se resolverá por decreto.

sábado, 13 de outubro de 2007

Aplausos...ô me leva que eu vou, sonho meu...

Não sei porque diabos lembrei ou fiquei cantando o samba da mangueira de um ano em que ela homenageou os doces Barbáros e quase caiu para o grupo B. O samba era muito bom e brincava com uma música do Caetano. Acho que foram as palmas do samba que me fizeram lembrar de uma passagem interessante da minha vida com o Paulo Autran. Não quero bater palmas para ele aqui, já que todas as redes e jornais e revistas já o fizeram. Quero falar, antes que minha memória acabe, de duas lições de cidadania que apredi com ele e Marília Pera.
A primeira, Teatro Castro Alves em Slavador, mais ou menos duas mil e trezentas pessoas fora os penetras . A peça (se não em engano ) A Amante Inglesa, com Tonia Carrero. O dia inteiro boatos que ele estava febril e iria ser substituído. A Tonia entra começa a peça, que tem grandes monológos e a platéia prende a respiração...quem vai entrar...silêncio mortal...Paulo entra e antes que pudesse falar alguma coisa, um aplauso de quase cinco minutos. Tonia pede silêncio. Quando vai começar sua fala alguém grita na platéia " Bimbo, eu te amo" (Bimbo era seu personagem na Novela Guerra dos Sexos, de Silvio de Abreu). O Paulo pede silêncio olha para todos e em vez de começar a peça diz: eu faço teatro há 40 anos e nunca, nunca ninguém gritou um nome de um personagem meu em teatro. Viva o poder da televisão. Viva o Bimbo! O Bimbo! vai começar a peça. A Tonia só fazia rir. Pano rápido.
A segunda. Já no Rio. Teatro de Arena, ali na Siqueira onde hoje acho que é uma igreja. A peça Brincando em Cima Daquilo, do Dario Fó. Monólogo/comédia com Marilia Pera. Ela já esperava o público em cena, desde o primeiro sinal, se concentrando. Primeiro sinal e o povo toca a conversar, segundo sinal, idem. Terceiro sinal, as luzes se apagam silêncio...alguém entra atrasado conversando, isto mesmo, conversando alto. Eu só fiquei olhando pra ela. Isto não vai ficar, não pode ficar assim. O casal continua procurando o lugar. Quando sentam, Marilia se levanta: - eu queria pedir aos senhores uma salva de palmas...ninguém entende mas vamos lá...palmas...mais forte, diz ela...Silêncio. E ela complementa: estas palmas foram para as estrelas que acabaram de entrar. Sem elas não teríamos este espetáculo. E começou uma das melhores comédias que já vi. Pano rápido

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

"o matrimônio é um estado que não a convém".

Doris Lessing

Coitado do George

Al Gore acabou de perpetuar a maior vingança possível. Primeiro foi um inexpressivo vice-presidente. A sombra de um presidente que gostava de uma estagiária e de uma primeira-dama que define sexo como coisa de pobre, bom mesmo é o poder. Gore ganhou a eleição e não levou pois, assim como aqui, os homens ainda são soberanos sobre as ações. Perdeu porque era careta e tem uma mulher arrogante e republicana demais.
Este nada, acaba de ganhar o prêmio Nobel da Paz. Não sei se merece estar em companhias como Dalai Lama, Desmond Tutu, Luther King, Médicos sem fronteira e Nelson Mandela, mas prêmio tem sempre uma sabedoria - é só ver Lech Walesa - e acabou de enterrar de vez o mais medíocre de todos os presidentes americanos. George não dormiu esta noite. Vai sair da presidência e cair no pior dos ostracismos do poder. Não pode andar nas ruas. Seu próprio povo o detesta. Para salvar o que resta, como conselheiro de marketing, sugeriria que ele saísse do iraque de uma vez para surpresa de todos e assinasse o protocolo de Kyoto.
Para nós, a vida continua, nada muda, mas Al Gore deve estar comoemorando...e muito. Nada como um dia após o outro. Para fechar com um chavão, típico de outro presidente que vocês conhecem bem e que também vai morrer no limbo.(esqueci que Bento XVI aboliu o limbo por decreto. Aonde ele vai encontrar o Bush?)

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Irritando Fernanda Young e Paulo Ribeiro

Duas pragas infestam as nossas ruas nos dias de hoje. Isto porque estou sendo condescendente. A primeira são aqueles meninos(as) que ficam nos empurrando uns papeizinhos 2 x2cm, no qual nada se lê, e que, com certeza, vamos jogar no chão, emporcalhando a cidade. Quase sempre me vejo brigando com um deles, pois eles avançam sobre você impedindo a sua passagem. Isto é técnica de distribuição...Não ao emporcalhamento da cidade. Isto é marketing retroviral.
A outra são os meninas(os) que ficam tentando convencer você a fazer um crédito fácil, sem documentos (mentira) sem comprovação de renda(mentira). Primeiro porque eles chamam você de tio(a) e isso é ofensa grave. Segundo porque crédito é coisa de pobre. Classe média tem de suplicar ao gerente e pagar juros de 11% ao mês. Não ao crédito fácil.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Não consigo dormir

Dormir sempre foi um problema para mim. Primeiro pelo questionamento desde pequeno que ninguém tem: não é uma perda de tempo? Esta frase ficou no meu inconsciente como uma fonte de energia ou um pulsão que vem todas as noites e dita: não durma.
Caramba. Tudo bem. Não durmo, não me incomoda, mas estou ficando cansado. Me recuso a tomar as tais modernidades do sono, que você parece bem, teve uma noite fantástica mas o problema continua ali. É igual Vigra/Levitra/Cialis, o trio ternura. O problema continua ali.
Lógico que pela manhã estou um bagaço. Pior se estou ficando com alguém e vejo esta pessoa roncar ao meu lado. Inveja, raiva, vou acordar e perguntar se quer fazer sexo...
Não fico com ninguém.

Bebê a bordo.

Hoje foi dia de dentista. Como ele gosta de mim. Há dois anos caminho para aquele consultório. Minha boca é pior que obra de igreja. Vou de mau humor, centro da cidade, oito da manhã. E vou de ônibus - sim, ainda ando de ônibus -. Eis que do meu lado senta um moça com um bebê de mais ou menos três dias. Bochechuda, rosadinha, risadinha, mas feia. Acho todo bebê feio. Eles parecem iguais e com as mesmas expressões. No entanto as mães os acham lindos! Como? Até a genética se firmar, tudo igual. Quando se firma, aí não tem jeito ou fica mais feio ou bem mais bonito.
As pessoas quando vêem um bebê se idiotizam. Verdade. Observem. Afinam a voz ( o bebê se assusta). Fazem gestos estranhos (o bebê faz cara de choro). Dizem expressões que não deveriam ser ditas nem na cama para o amante ( bebê abre o berreiro).
Esta foi a sequência de uns quatro no ônibus na Presidente Vargas, engarrafada, às sete da manhã. E o bebê - não fomos apresentados - só tinha olhos para mim. E, senti pelo olhar de raiva da vovó no banco de trás, me condenando porque eu não fazia os tais gestos e grunhidos. Falei comigo mesmo "eu vou resistir, eu vou resistir...motorista olha o ponto."
Não resiti: qual o nome? Minha voz é muito grossa. Pronto. Foi o suficiente para ele/ela abrir um berreiro e ao mesmo tempo se cagava e urinava. Agora além da vovó, mais três tias olhavam para mim como se disessem: custava afinar a voz idiota. Levantei. E a pestinha pulou no bico do peito da mãe. Ônibus só mês que vem.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O Bruno autorizou

Para quem quiser ler (ótima leitura) ou como se escreve uma boa crônica, aqui está um blog:
http://desenccanto.blogspot.com

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Durma bem

essa é pra você...durma, durma profundamente, sem as letras passando pelo seu inconsciente, sem as muralhas que tanto atrapalham sua vida, sem os fantasmas da sua família...durma bem e acorde de bom humor!

Todos são publicitários...

Um amigo publicou a seguinte crônica no seu blog, abre aspas
Biscoito da Sorte
Como muitos sabem, eu sou médico.
E acabo de receber um "presente" de um laboratório farmacêutico: uma caixa com 45 biscoitos da sorte.
Quem nunca viu um biscoito da sorte, cuidado ao mordê-los: o papel dentro, com a mensagem filosófica, às vezes entra entre os dentes, causando uma profunda ferida na gengiva.
O propósito do presente era o seguinte: em cada consulta eu prescreveria ao paciente um certo hidratante que eles estão desesperados para vender. E mostraria ao paciente a caixa, oferecendo um biscoito da sorte. Dentro dos biscoitos, ao invés de mensagens, dicas de como manter a pele hidratada.
Estão achando piegas? Nem comecei.
O paciente comeria um biscoito. Leria a baboseira dentro dele. E um desses 45 biscoitos teria a seguinte mensagem: "parabéns, você acaba de ganhar um hidratante". Assim, eu daria ao paciente ganhador o tal hidratante.
Até que é um bom hidratante.
Como adoro o sabor dos biscoitos da sorte, que me lembram liglig vendido nos sinais de trânsito, tratei logo de comer o primeiro. E fui sorteado, para infelicidade do propagandista, que não poderia me dar outra caixa.
Tudo por água abaixo. Na cabeça do vendedor de hidratantes, eu não prescreveria mais 45 vezes o hidratante. Ele não venderia os creminhos e perderia o emprego, numa cascata de pensamentos pessimistas.
Claro que eu comeria os 45 biscoitos. À propósito, já engoli uns vinte, sem ler as baboseiras dentro deles.
E custa-me crer que essa gente da indústria farmacêutica acredite que eu, em cada consulta, faria um sorteio, tendo que lidar com 44 frustrados (no máximo) que não ganharam o hidratante.
As coisas não se misturam, não nas minhas consultas. E trato de exercer meu trabalho intelectual de responsabilidade sem muitas interferências ou tendências.
O frasco de hidratante em gel já está na minha bolsa, afinal, eu mesmo ganhei e não estou sendo desonesto.
Mas alguns biscoitinhos estão meio moles, pois estavam guardados no porta-malas do sujeito. Acho que vou largá-los por aqui. fecha aspas


Como a gente vive imaginando e sonhando com um mundo melhor: parem de querer ser publicitários...todos que não tem o menor respeito pela inteligência alheia escolham outra profissão...político talvez, sem ofensas....

Todos, mas todos sem excessão se acham publicitários. Os clientes, a tia do cliente, a famosa sobrinha do cliente. Todos sabem fazer publicidade, promoção, merchandising e textos. Ah! os textos. Os redatores estão acabando por causa do cliente/redator e da informática.


Quando você entra na sala para o briefing ele fala: preciso de um texto de impacto...penso comigo mesmo (segura essa!). E ele: Dá uma lida. Quando cliente fala isso é fatal, esse é o texto. Vc pode vir com a cois a mais genial do mundo. Esse é o texto e a imagem vai ser a sobrinha.

Então não façam os coitados dos médicos de idiotas. Vocês não são, eu não sou. Publicidade não é isso.
Como publicitário e por profissão anterior, sempre trabalhei muito com a indústria Farmacêutica, em especial na Contraste Propaganda, com o mestre Fernado Loureiro. Sempre acreditamos na importância do médico na construção da marca. Ele é o formador de opinião, o cara que tem conhecimento e pensa. O médico não precisa distribuir biscoitinhos. Precisa como, diz o médico no texto aí em cima é dizer que o produto é bom. E ele atesta isso. A promoção é que é ruim. As idéias é que são ruins, idiotas até.

Portanto, vamos deixar medicina para os médicos e publicidade para quem estuda isso. Meu chefe ontem disse uma frase ótima. Um cliente o chamou e pediu a ele uma cartinha para comunicar importante modificações. Resposta: Cartinha você faz, para fazer uma você não precisa de mim. Se quiser um planejamento e ações de comunicação eu trabalho com você.

Doutor, obrigado mais uma vez.

sábado, 6 de outubro de 2007

sobre algumas mulheres


Dia 11 de outubro temos um grande feriadão e estarei de volta a Buenos Aires. Gosto muito dos hermanos. Em especial, - como disse sua futura presidente num arroubo de preconceito quase facista" somos diferentes do resto (isso mesmo) da America Latina, pois nos fomos colonizados por europeus, com sangue italiano e inglês" sic! - porque eles conseguem comprovar a teoria do inconsciente coletivo. Nada é mais humilhante para um povo se achar superior e não o ser.

Mas eu me hospedo com uma grande amiga, ex-tudo, que acabou de vir a São Paulo receber um prêmio de melhor vinicultura do ano. E a sua, justo a sua, que foi ganha por herança. Ela não sabia nem que uva dava em...trepadeiras...mas ela foi e foi e transformou o vinhedo no melhor da Argentina, da américa e um dos melhores vinhos do mundo. São as mulheres, passionais...quando fazem bem feito, derrubam qualquer um de nós. Ficamos juntos um tempo e a passionalidade dela chega ao extremo. Na nossa última despedida em que ela foi assumir a herança ela se jogou de joelho no chão do aeroporto. Caraca, fiquei rubro, azul, amarelo...que vergonha.! Não sabia o que fazer e dizer. A única coisa que veio a minha cabeça " suas uvas são mais importantes que a gente". Ela me fulminou com um olhar, atravessou minha mente com vários raios, levantou, não disse mais uma palavra, não mais se virou e ficou dois anos sem falar comigo.

Mas as uvas são mesmo. As mulheres são superiores, presidenta. Estou chegando...

Tenho uma colega de trabalho qué é a mais pura paixão. Volutariosa, agressiva quando precisa, mandona e inteligente demais. Minha admiração por ela ultrapassa as fronteiras, como nos vinhedos da Argentina ou nas ruas de Nova York onde Maria veio, viu e venceu como uma das melhores bailarinas do NYCBallet. Temos de ter mais mães assim. bjs Bia.

Quase amigo

Eu tenho um novo amigo, virtual, acredito que ele não se importe em ter seu nome citado: Bruno. O Bruno me apresentou ao Blog dele e comecei a ler sem paciência, pois blogs nos tornam impacientes, pelas blogoseiras...
Mas eu lia e não conseguia parar de ler. Bruno, você é médico por acaso, meus amigos jornalistas, editores de plantão achei um cronista, dos bons, como ele deve ser: amargo, cruel, Nelson Rodrigues, a vida como ela é. ( se ele me autorizar dou o end. depois.)
Efeito colateral da medicação, doutor. Me deu vontade de escrever. Fiz este blog, estou escrevendo. obrigado! Há anos só vendo produtos e serviços, há anos só preparo aulas e escolho pessoas para degola. Há anos não cuido de mim. Ontem fiquei doente. Há anos não ficava doente em casa. Não me permitia. "Vão dizer que vc é relapso, onde já se viu homem não fica doente... "
E lembrei de alguns textos, lendo os do Bruno, que já foram premiados em teatro, literatura infantil e cinema. Enterrei de vez a vontade de escrever? Não vou mais escrever, é isso!
O quase amigo lá em cima é para não escorregar na emoção, técnica de cronista "olhe a vida com imparcialidade". Aprendi isto no mestrado com meu quase amigo e orientador Helmuth Kruger, um alemão que me fez voltar a estudar, entender de psicologia e o valor dos valores...um dia empolgado com sua disciplina(ambos os sentidos) falei:" professor, sou uma pessoa carrancuda, fechada e de poucos amigos (meu chefe diz que sou uma "flordepessoa" - grosso mesmo-, veja que entre publicitários é tudo no conotativo), mas o senhor é um professor que posso chamar de amigo. Ele com suas feições de um anjo respondeu imediatamente na sua candura e secura alemã :"quase amigo, paulo, quase amigo". Mais Nelson Rodrigues impossível.
Por isso, estou nomeando você Bruno, quase amigo...vocês que falam muito deste veículo aqui e não o observam apenas como veículo das mesmas emoções já existentes, sugiro que antes de fazer teses sobre virtualidades e sei lá o que digital assistam o filme "Nunca te Vi, Sempre te amei" ( Anne Bancrof, Antony Hopkins) um verdadeiro tratado do que é a virtualidade. A amizade daquele que nunca vimos ou vamos encontrar, de quem não percebemos e de quem não nos foi imposto.
Valeu, doutor

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

porque este blog foi batizado assim

Eu fiz um blog...será que já sou blogueiro? a maioria dos meus colegas de empresa têm...why not? vou começar explicando o título. É minha frase preferida, quando estou irritado (muito) ou quando demonstro carinho por alguém. Contraditório...sem problemas, gosto muito de frases estranhas. Chamo todo mundo quando esqueço o nome de "bonitinho e bonitinha" e de dizer " que a pessoa está comendo cocô...quase fui demitido da minha empresa atual porque falei isto para uma secretaria, ela saiu aos prantos...já provou que como cocô... uma mulher de 30 anos sair chorando porque um do seus coordenadores lhe disse isso. É o politicamente correto infernizando nossas vidas. Então, as frases continuarão estranhas, sem ofensas, sem ofendidos, sem vencidos e vencedores.

Portanto, quero que vc morra..se vc falar do meu português, da nossa sexualidade, só de futilidades ou só da vida dos outros..tudo tem hora e clima. Acredito que ninguém vá ler isto nunca...mas eu tenho que dizer olha tenho um blog igual a vc, meu blog é Armani e o seu?