Em uma das crônicas no começo deste blog faço uma colocação sobre a mania de todos se acharem criativos e publicitários. Em especial redatores. Como professor vejo cada vez menos alunos se interessarem por esta arte (redação) ou quando o fazem não tem leitura, bagagem, nem tratos com o idioma.
Como resultado os clientes e os publicitários ficam se perguntando porque estamos menos criativos, ganhando menos prêmios e vendo um festival de coisas ruins na Tv, jornais etc, etc. Querem umas amostras, então vamos lá (não é crítica pela crítica, vejam e confirmem):
1. O filme do plano Memorial Saúde no qual o roteiro/história se desenvolve sobre um homem grávido ou uma analogia de que pagamos o que nunca vamos usar. Produção ruim, atores piores ainda e um conceito que beira ao grotesco. Ataca-se a concorrência sem estudo nem planejamento, apenas por que ficou engraçadinho, quando todos nós sabemos que nenhum plano sobrevive sem cobrar o que o cliente não usa. Esta é a lógica. No busdoor da mesma campanha as letras estão em um corpo mínusculo - ou seja falta de conhecimento da linguagem de cada veículo - e um título quilométrico.
2. O Filme do Renault Logan. Ao contrário do anterior, produção cara, ator excelente, mas o conceito desenvolvido pela agência...fiz uma pesquisa entre 10 amigos e perguntei se alguém sabia a distância entre eixos ou se alguma vez tinha se preocupado com isso. Ninguém. Este é o diferencial do carro. A maior distância entre eixos de carros feitos no Brasil (uau!) e o maior tamanho (issa!) . A gente preocupado em ter conforto, que o carro nao quebre, que dure muito, que tenha um senhor design e a agência...Ah! ainda falam que você vai gastar um real, veja bem um real por dia de manutenção...Coitado do Pedro Cardoso.
3. Este vai envelhecer, mas tem de ser analisado. A Unimed prima por campanhas espetaculares. Mas o filme de carnaval dá uma volta tão grande que fiquei tonto. E olha que é sobre bebida. Antes de chegar no ponto, no foco, no conceito*, o criativo mostra várias coisas - que vc nunca vai fazer com certeza se beber -como andar na corda bamba, procurar o buraco da agulha(sic!),usar a lâmina de barbear. O título é "Se beber não faça". Como seria criativo se fossemo óbvios e direto no ponto.
Ma nem tudo está perdido. Tem coisa boa na mídia. Revista nova e do Rio. Não deixem de comprar, Ilusorama. Projeto gráfico excelente, textos bons e editorial idem.
* como vou apresentar o produto as pessoas, como vou falar com elas e mostra meu diferencial.
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Há 8 anos
3 comentários:
Quanto ao Logan, apelar para o design seria um desastre. Na TV até chama atenção, mas ao vivo...
Qanto à revista Ilusorama, vou dar uma olhada. Pelo centro da cidade devo encontrar, não?
Abraço!
Paulo, concordo em 100%. E o comercial da CocaCola com aquelas linguas falando com o olho? E o comercial da Unimed com aquela voz de quem está enterrado vivo (pois é isto que os planos de saúde querem, dificultando o acesso a tudo?) E as novelas, Paulo?? O que aconteceu com o encadeamento da idéia criativa? O que aconteceu com a subestimação, em que extremo ela chegou? Ou tornamo-nos (eu não!) uma almôndega de comprar xampu, peito-chã-lagarto e fazer prestações nas Casas Bahia? Ufff.. Chega.
olá, vc sabe mais detalhes da revista ilusorama??
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